O Núcleo de Pesquisa em Economia de Baixo Carbono (NPCO2) da Universidade Federal Rural do Semi-árido (Ufersa) acaba de ser credenciado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) como unidade de pesquisa apta a receber investimentos de grandes empresas que exploram petróleo e gás natural no Brasil. As chamadas cláusulas de P,D&I (Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação) da ANP geraram, somente em 2023, recursos de quase de R$ 3 bilhões. “Toda empresa de petróleo que possui campos de alta produtividade tem obrigação de investir entre 0,5% e 1% do faturamento bruto do campo em pesquisa, desenvolvimento e inovação”, detalha o coordenador do NPCO2, professor Frederico R. do Carmo.
A portaria de credenciamento do núcleo da Ufersa foi publicada no dia 01 de abril, após uma análise detalhada de fatores como infraestrutura, currículo dos pesquisadores e experiência em projetos de P,D&I. “Estamos com uma perspectiva muito boa, porque o mais difícil nós já conseguimos: o contato próximo com diferentes empresas, inclusive empresas de grande porte como a Shell, e o credenciamento junto à ANP”. Contando com 10 laboratórios e campos de pesquisa distribuídos em uma área de 862 m2, o Núcleo de Pesquisa em Economia de Baixo Carbono da Ufersa reúne 20 pesquisadores, entre professores, servidores técnico-administrativos e estudantes de graduação e pós-graduação.
“É um passo muito importante e é também o que nós buscamos com as nossas pesquisas”, diz Frederico do Carmo. De acordo com ele, a expectativa a partir de agora é de acesso a um volume maior de recursos para o financiamento de pesquisas e a expansão da estrutura já existente na universidade. No relatório final de avaliação do NPCO2, a ANP afirma que o núcleo “dispõe de qualificação compatível com a execução das atividades de pesquisa e desenvolvimento”, considerando para isso os 14 projetos de pesquisa atualmente em andamento.