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Pesquisa indica viabilidade da irrigação de moringa com água produzida do petróleo

By 7 de dezembro de 2023outubro 4th, 2024Notícias NPCO2

Com o objetivo de ampliar as possibilidades de utilização da água gerada pela extração de petróleo, a mestranda Jéssica de Castro analisa o comportamento da moringa com esse tipo de irrigação. A pesquisa foi iniciada em 2022 no Programa de Pós-Graduação em Manejo de Solo e Água da Universidade Federal Rural do Semi-árido (PPMSA/Ufersa) e inclui também a utilização das sementes de moringa na produção de biodiesel.

O cultivo da moringa (Moringa oleifera Lam) tem se difundido na região Nordeste devido à fácil adaptação dessa cultura a regiões secas com diferentes tipos de solo. De acordo com Jéssica Castro, o projeto surgiu da necessidade de destinar a água produzida nas indústrias de petróleo a uma irrigação de cultura oleaginosa que se adaptasse bem à região semiárida.

Etapas da pesquisa

O experimento conduzido por Jessica de Castro é orientado por José Francismar de Medeiros, pesquisador I-A do CNPq e docente dos Programas de Pós-graduação em Fitotecnia e de Manejo de Solo Água da Ufersa. Após a etapa de plantio, realizada nas dependências do campus Leste, em Mossoró, a mestranda passou a acompanhar a irrigação com a água produzida sintética. “Desde de julho de 2021 *(ou 2022?) até agora já foram realizados diversos manejos, como a irrigação com os níveis da água produzida sintética, coleta de solo, podas, amostragem das plantas, além de análises do desenvolvimento da planta de acordo com os tratamentos” comenta Jéssica.

A possibilidade da utilização das sementes de moringa na produção de biodisel também é avaliada na pesquisa. “Conseguimos utilizar a alternativa de destino à água produzida para a agricultura irrigada, gerando um ciclo na produção sustentável. Dessa maneira, a cultura será toda irrigada com a água produzida sintética produzindo a semente com elevado teor de óleo e boa qualidade para a produção de biodiesel”, enfatiza Jéssica de Castro.

A estudante ainda pontua que precisou lidar com dificuldades geradas pela curta duração do curso de mestrado, devido ao longo ciclo que a moringa exige para se desenvolver. Contudo, Jéssica espera que todo este processo alcance os resultados esperados e ainda colabore com trabalhos acadêmicos futuros, buscando diferentes maneiras de produção e inovações para a área.