Com o objetivo de projetar os melhores cenários para utilização de água produzida na irrigação de culturas que serão destinadas ao sequestro de carbono, integrantes do Núcleo de Pesquisa em Economia de Baixo Carbono (NPCO2) têm se dedicado a um trabalho de simulação e levantamento de dados.
No momento, três projetos em andamento avaliam os melhores cenários para iniciativas de sequestro de carbono. Uma das iniciativas, executada pela mestranda Lívia Moura sob orientação do pesquisador Frederico do Carmo, tem como título “Reúso de Água Produzida para Irrigação de Cultivos Bioenergéticos como Estratégia de Descarbonização de Operadores Onshore: Uma Análise com AquaCrop e RothC”.
“Nas nossas pesquisas, modelamos cenários com foco na Bacia Potiguar onshore”, detalha Lívia. “Por exemplo, procuramos estimar o volume de água produzida usada na irrigação de culturas destinadas ao sequestro de carbono, integrando modelos de produtividade agrícola (AquaCrop-OSPy) e de dinâmica de carbono no solo (RothC).”.
Financiado pela Mandacaru Energia, outros dois projetos estão em andamento no Laboratório de Pesquisa em Modelagem e Simulação para Engenharia do NPCO2, visando soluções sustentáveis para sequestro de carbono.
A pesquisa, que também é orientada por Frederico do Carmo, coordenador do NPCO2, utiliza os modelos RothC e CENTURY para analisar a dinâmica do carbono no solo a partir de cultivos irrigados com água produzida e incorporação de biochar. O trabalho conta com os bolsistas Luís Henrique Sampaio (graduação) e Darliane Souza (doutoranda em Manejo de Solo e Água da Ufersa), cuja tese intitulada “Análise da Pegada de Carbono de Cultivos de Oleaginosas com Incorporação de Biochar no Semiárido Brasileiro” está diretamente vinculada ao projeto.
